‘Sagarana’ marca, em 1946, a revolução da literatura de Guimarães Rosa
 



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‘Sagarana’ marca, em 1946, a revolução da literatura de Guimarães Rosa




Linguagem inovadora. De Cordisburgo (MG), Guimarães Rosa, autor de “Sagarana” e “Grande sertão: veredas”, também foi médico e diplomata Agência O Globo / 02/01/1961


Não há um dia exato que marque o lançamento do inovador "Sagarana", de João Guimarães Rosa. Não houve festa nem noite de autógrafos. De concreto, sabe-se que foi lançado e começou a ser vendido em abril de 1946. Antes o até então pouco conhecido escritor tinha apenas publicado alguns contos policiais na revista “O Cruzeiro” e o inédito volume de poesias “Magma”, que venceu o primeiro prêmio do concurso de poesia da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1937.


Animado com a vitória, ele concorreu com o livro “Contos” ao prêmio Humberto de Campos, da mais prestigiosa editora da época: a Livraria José Olympio. Tirou segundo lugar e o livro ficou engavetado. Até que, em 1946, aos 37 anos, recomendado pelo escritor Marques Rebelo, que havia sido jurado do concurso, o apresenta ao jornalista Caio Pinheiro, dono da pequena editora Universal, que tinha apenas um título em catálogo. Guimarães Rosa retrabalhou alguns dos 12 contos do volume “Contos” e relançou-os com o título de “Sagarana”.


Pouco a pouco as críticas, cada vez mais elogiosas, foram se disseminando nos jornais e em revistas especializadas. A primeira menção do livro no GLOBO foi um anúncio no pé da página 7 do dia 29 de abril de 1946: “O Livro do momento – Sagarana de J. Guimarães Rosa. Já está em todas as livrarias”. No dia 10 de maio de 1946, José Lins do Rego na coluna que mantinha no GLOBO escrevia: “Li todos os contos do novo escritor mineiro e cheguei ao fim da sua última página com a impressão de que há qualquer coisa de realmente grande na sua ficção”.


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